sexta-feira, 25 de março de 2011

8º ANO - COMUNICADO

      A PONTUAÇÃO DAS APRESENTAÇÕES DO TRABALHO SOBRE ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS QUE ESTÁ MARCADO PARA A PRÓXIMA SEGUNDA, 28/03/2011, SÓ SERÁ PARA AQUELES QUE ESTÃO PRECISANDO FAZER RECUPERAÇÃO,  PORTANTO, PARA OS DEMAIS ALUNOS VALERÁ COMO UM APRENDIZADO.

domingo, 20 de março de 2011

8º ANO - REPORTAGEM

            Reportagem é um gênero jornalístico que apresenta informações amplas e detalhadas sobre determinado assunto atual. Depoimentos de especialistas fazem parte do gênero, mapas, fotos e vários recursos visuais que complementam o texto.
                                                
Eles gastam muito

Com um apetite consumista maior que o da média da população, o jovem brasileiro sabe onde quer gastar e ainda influencia as compras da família

São adolescentes, mas pode chamá-los de maquininhas de consumo. Um estudo realizado com garotas e rapazes de nove países mostra que no Brasil sete em cada dez jovens afirmam gostar de fazer compras. Desse grupo de brasileiros, quatro foram ainda mais longe – disseram ter grande interesse pelo assunto. O resultado da pesquisa, que tomou como base um trabalho da Organização das Nações Unidas (ONU) chamado Is the Future Yours? (O Futuro É Seu?), foi significativo: os brasileiros ficaram em primeiríssimo lugar no ranking desse quesito, deixando para trás franceses, japoneses, argentinos, australianos, italianos, indianos, americanos e mexicanos. Ou seja, vai gostar de consumir assim lá no shopping center. E não precisa nem mandar, porque a turma vai mesmo. Outra pesquisa, feita pelo Instituto Ipsos-Marplan, constatou que 37% dos jovens fazem compras em shoppings, contra 33% dos adultos. Nem sempre os mais novos adquirem produtos mais caros, mas, proporcionalmente, têm maior afinidade com as vitrines. A lista de vantagens dos adolescentes sobre outros públicos é de tirar o fôlego: eles vão mais vezes ao cinema, viajam com maior freqüência, compram mais tênis, gostam mais de roupas de grife – mais caras que as similares sem marca famosa –, consomem mais produtos diet, têm mais computadores, assistem a mais DVDs e vídeos e, só para terminar, são mais vorazes na hora de abocanhar balas, chicletes e lanches. Não é à toa que a falência antes do fim do mês é maior entre os jovens: invariavelmente atinge quase a metade deles, que estoura a mesada ou o salário.
O poder dos adolescentes sobre o mercado vai mais longe ainda, mesmo que eles não dêem a mínima para abstrações como "mercado". Costumam, por exemplo, aparecer com mais assiduidade no balcão. Pessoas com menos de 25 anos trocam de aparelho celular uma vez por ano (as mais velhas, a cada dois anos). Em relação às bicicletas, só para citar mais um exemplo, a situação é semelhante. Os adolescentes não são os maiores compradores do setor, mas aposentam uma bike a cada quatro anos. Os mais velhos só mudam de selim de sete em sete anos. Diante de tantas evidências, não causa surpresa que o gasto médio das famílias brasileiras seja maior nas casas em que moram adolescentes de 13 a 17 anos. Nesses domínios, a lista dos cinco produtos mais consumidos traz, em primeiro lugar, o leite longa vida. Depois vêm os refrigerantes. Nos lares com jovens entre 18 e 24 anos, a hierarquia é surpreendente. O refrigerante lidera o ranking, seguido por leite, óleo vegetal, cerveja e café torrado – o que explica o fato de a Coca-Cola ter no Brasil seu terceiro maior mercado em todo o mundo.
O poder de consumo dos jovens é um filão que anima vários setores da economia. Há em curso uma corrida para conquistar o coração dessa rapaziada (e o bolso dos pais). As grandes marcas desenvolvem estratégias milionárias para tornar esse público fiel desde já. A maior parte do que se produz no mercado publicitário, que movimenta 13 bilhões de reais por ano, tem como alvo a parcela de 28 milhões de brasileiros com idade entre 15 e 22 anos. É esse grupo que fornece boa parte do ideário da propaganda, enchendo os anúncios com mensagens de liberdade e desprendimento. Mostra-se extraordinária também a influência que essa molecada exerce sobre as compras da família. Oito em cada dez aparelhos de som só saem das lojas a partir do aval da ala jovem do lar. A fabricante de eletrodomésticos Arno não faz nada sem pensar nos mais novos, pois, na comum ausência das mamães trabalhadoras, é a garotada quem usa espremedores de fruta, tostadores de pão, sanduicheiras e liquidificadores. "Hoje, vendemos tanto para os filhos como para as donas-de-casa", conta Mauro de Almeida, gerente de comunicação da Arno, que mantém duas escolinhas de gourmet para cativar consumidores desde a pré-adolescência.
Essa influência é exercida já em tenra idade. Nos dias de hoje, um indivíduo é considerado consumidor aos 6 anos. Nesse momento as crianças começam a ser ouvidas na hora de tirar um produto das prateleiras do supermercado. Para cada dez crianças de até 13 anos, sete pedem itens específicos às mães. O poder jovem também se nota na hora de esvaziar o carrinho no caixa. Um quarto do que é registrado foi pedido pela garotada. "Nós educamos as crianças e os jovens para que tenham autonomia, opinião, poder de decisão. Pois é, eles aprenderam e decidem o que comprar por nós", ironiza Rita Almeida, especialista em tendências e hábitos de consumo de adolescentes da agência de propaganda AlmapBBDO.

Veja, ed. especial. 2003

1.      A reportagem  é um gênero de texto jornalístico que, assim como a notícia, transmite uma informação por meio da televisão, rádio, revista. 
a)      No texto Eles gastam muito qual é o objetivo do repórter?


b)      Quais os veículos de comunicação em que são apresentados este tipo de texto?


2.      De acordo com a linguagem empregada, qual a variedade linguística apresentada? Justifique sua resposta.


3.      Em que pessoa verbal foi redigida a reportagem? Por quê?


4.      Informe o tempo verbal predominante nele.


5.       Qual o título principal e o título auxiliar do texto?





6º ANO - TEXTO NARRATIVO: LENDA


Lenda é uma narrativa popular cujos personagens são seres fantásticos. Geralmente tenta explicar, oralmente, a origem de um povo, de um fenômeno da natureza ou de acontecimentos misteriosos. O nosso folclore é bastante rico em personagens lendárias.

O curupira

O curupira é um dos principais personagens da lenda que é contada principalmente no interior do Brasil. O curupira é de baixa estatura, com cabelos avermelhados e com os pés voltados para trás, habita as matas brasileiras.
Sua principal função é proteger as árvores, plantas e animais das florestas, tendo como alvos principais os caçadores, lenhadores e pessoas que destroem as matas de forma predatória.
Para assustar os caçadores e lenhadores, o curupira emite sons e assovios agudos. Cria imagens ilusórias e assustadoras para espantar aqueles considerados "inimigos da florestas". Dificilmente é localizado pelos caçadores, pois seus pés virados para trás servem para despistar os perseguidores, deixando rastros falsos pelas matas. Tem uma velocidade tão impressionante que é praticamente impossível ser seguido por um humano.
 Segundo a lenda, adora descansar nas sombras das mangueiras. Costuma também levar crianças pequenas para morar com ele nas matas. Após encantar as crianças e ensinar os segredos da floresta, devolve os jovens para a família, após sete anos.
Os contadores de lendas dizem que o curupira adora pregar peças naqueles que entram na floresta. Por meio de encantamentos e ilusões, ele deixa o visitante atordoado e perdido, sem saber o caminho de volta. O curupira fica observando e seguindo a pessoa, divertindo-se com o feito.
As lendas são estórias criadas pela imaginação das pessoas, principalmente da zona rural. Fazem parte deste contexto e geralmente carregam explicações e lições de vida. Portanto, não existem comprovações científicas sobre a existência destas figuras folclóricas.


1.      As personagens das lendas não são pessoas comuns, são fantásticas, irreais, que muitas vezes têm forma de gente, de bicho e também os dois juntos, como a mula sem cabeça.
a)      O curupira e a Iara são personagens irreais e fantásticas que fazem parte de lendas. Que outros você conhece?

b)       Quais as ações sobre-humanas que o personagem desta lenda são realizadas por ele?


2.      O objetivo de uma lenda é procurar dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo.
a)      As lendas foram criadas por pessoas que antigamente gostavam de inventar histórias desse tipo. Por quê?

b)      Qual a principal função do curupira?

c)      Na sua opinião, por que é tão comum seres humanos se transformarem em animais ou vice-versa nas lendas?


3.      Os contadores de lendas dizem que o curupira adora pregar peças naqueles que entram na floresta. Por quê?

7º ANO - NARRAÇÃO COM DESCRIÇÃO DE PERSONAGEM

A moça tecelã

 "Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite.  E logo sentava-se ao tear.
          Linha clara, para começar o dia.  Delicado traço cor da luz, que ela ia passando entre os fios estendidos, enquanto lá fora a claridade da manhã desenhava o horizonte.
          Depois lãs mais vivas, quentes lãs iam tecendo hora a hora, em longo tapete que nunca acabava.
          Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as pétalas, a moça colocava na lançadeira grossos fios cinzentos do algodão mais felpudo.  Em breve, na penumbra trazida pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que em pontos longos rebordava sobre o tecido.  Leve, a chuva vinha cumprimentá-la à janela.
          Mas se durante muitos dias o vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça tecer com seus belos fios dourados, para que o sol voltasse a acalmar a natureza.
          Assim, jogando a lançadeira de um lado para outro e batendo os grandes pentes do tear para frente e para trás, a moça passava os seus dias.
          Nada lhe faltava.  Na hora da fome tecia um lindo peixe, com cuidado de escamas.  E eis que o peixe estava na mesa, pronto para ser comido.  Se sede vinha, suave era a lã cor de leite que entremeava o tapete.  E à noite, depois de lançar seu fio de escuridão, dormia tranquila.
          Tecer era tudo o que fazia.  Tecer era tudo o que queria fazer.
          Mas tecendo e tecendo, ela própria trouxe o tempo em que se sentiu sozinha, e pela primeira vez pensou em como seria bom ter um marido ao lado.
          Não esperou o dia seguinte.  Com capricho de quem tenta uma coisa nunca conhecida, começou a entremear no tapete as lãs e as cores que lhe dariam companhia. E aos poucos seu desejo foi aparecendo, chapéu emplumado, rosto barbado, corpo aprumado, sapato engraxado.  Estava justamente acabando de entremear o último fio da ponto dos sapatos, quando bateram à porta.
          Nem precisou abrir.  O moço meteu a mão na maçaneta, tirou o chapéu de pluma, e foi entrando em sua vida.
          Aquela noite, deitada no ombro dele, a moça pensou nos lindos filhos que teceria para aumentar ainda mais a sua felicidade.
          E feliz foi, durante algum tempo. Mas se o homem tinha pensado em filhos, logo os esqueceu.  Porque tinha descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a não ser nas coisas todas que ele poderia lhe dar.
          — Uma casa melhor é necessária — disse para a mulher.  E parecia justo, agora que eram dois.  Exigiu que escolhesse as mais belas lãs cor de tijolo, fios verdes para os batentes, e pressa para a casa acontecer.
          Mas pronta a casa, já não lhe pareceu suficiente.
     — Para que ter casa, se podemos ter palácio? — perguntou.  Sem querer resposta imediatamente ordenou que fosse de pedra com arremates em prata.
          Dias e dias, semanas e meses trabalhou a moça tecendo tetos e portas, e pátios e escadas, e salas e poços. A neve caía lá fora, e ela não tinha tempo para chamar o sol. A noite chegava, e ela não tinha tempo para arrematar o dia.  Tecia e entristecia, enquanto sem parar batiam os pentes acompanhando o ritmo da lançadeira.
          Afinal o palácio ficou pronto. E entre tantos cômodos, o marido escolheu para ela e seu tear o mais alto quarto da mais alta torre.
          — É para que ninguém saiba do tapete — ele disse. E antes de trancar a porta à chave, advertiu: — Faltam as estrebarias. E não se esqueça dos cavalos!
          Sem descanso tecia a mulher os caprichos do marido, enchendo o palácio de luxos, os cofres de moedas, as salas de criados.  Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.
          E tecendo, ela própria trouxe o tempo em que sua tristeza lhe pareceu maior que o palácio com todos os seus tesouros.  E pela primeira vez pensou em como seria bom estar sozinha de novo.
         Só esperou anoitecer. Levantou-se enquanto o marido dormia sonhando com novas exigências. E descalça, para não fazer barulho, subiu a longa escada da torre, sentou-se ao tear.
          Desta vez não precisou escolher linha nenhuma. Segurou a lançadeira ao contrário, e jogando-a veloz de um lado para o outro, começou a desfazer seu tecido. Desteceu os cavalos, as carruagens, as estrebarias, os jardins.  Depois desteceu os criados e o palácio e todas as maravilhas que continha. E novamente se viu na sua casa pequena e sorriu para o jardim além da janela. 
          A noite acabava quando o marido estranhando a cama dura, acordou, e, espantado, olhou em volta. Não teve tempo de se levantar.  Ela já desfazia o desenho escuro dos sapatos, e ele viu seus pés desaparecendo, sumindo as pernas.  Rápido, o nada subiu-lhe pelo corpo, tomou o peito aprumado, o emplumado chapéu.
          Então, como se ouvisse a chegada do sol, a moça escolheu uma linha clara.  E foi passando-a devagar entre os fios, delicado traço de luz, que a manhã repetiu na linha do horizonte."

                                               (Texto e perfil extraídos do livro "Doze Reis e a Moça no Labirinto do  Vento", São Paulo:Global, 1999. p. 12-16)


Semântica e análise

1.  Pesquise no dicionário e dê o significado das palavras destacadas nas frases.

a)      ...como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite.”

b)       “...a claridade da manhã desenhava o horizonte.”

c)       “...a moça colocava na lançadeira grossos fios cinzentos do algodão mais felpudo.”

d)      “O homem tinha descoberto o poder do tear.”

e)       “Desteceu os cavalos, as carruagens, as estrebarias, os jardins.”


2. Observe que no texto “A moça tecelã” a personagem vivia muito feliz com sua vida simples e sua delicadeza.
a)      Em que momento do dia a moça sentava-se ao tear? Responda com elementos do texto.

b)      Por que a moça tecelã escolhia a linha clara para começar o dia?


3. A partir do momento que o tempo passava a moça escolhia cores diferentes para tear. Por quê?

4. Com o passar do tempo a moça começou a se sentir só. Que atitude ela tomou para que não se sentisse mais assim?

5. Por que o moço ao entrar na “casa” da moça não precisou nem que ela abrisse a porta?

6. Na sua opinião, era aquilo mesmo o que a moça tecelã procurava para sua vida? Como ela se sentiu ao perceber a realidade?

7. O marido tornou-a escrava de todos os desejos que ele possuía, sem se importar com os sentimentos da moça.

a) Que atitude a moça tomou diante da situação?

b) Como ela se sentiu depois da atitude tomada por ela?'

sexta-feira, 18 de março de 2011

COLÉGIO NOSSA SENHORA DE LOURDES

Há 67 anos nasceu
Educação desenvolveu
Este povo é todo seu
Monteiro te escolheu.

És filho desta Terra
Tão querida, tão amada
Lourdinas és o tesouro
Que floresce a madrugada.

Tua vida, tão simplória
Teu passado, tua glória
Resplandece na história
Lourdinas, nossa memória.

Se o povo te engrandeceu,
Num topo, te enalteceu
Lourdinas, és preferida
Da nossa terra querida.

Educação é a arte
Oferecida de montão
Sou Lourdinas, não nego
Com força, garra e união.


(DSNMayer)

quinta-feira, 17 de março de 2011

AS COISAS DO MEU NORDESTE


Eu queria ser poeta
E cantar uns versos meus
Agradecer este dia
Ao nosso querido Deus
Por ter me dado a vida
A minha infância querida
Estar sempre junto aos meus.

A sina que Deus me deu
Foi tracejar meu caminho
Sei que sou nordestina
Do sertão pernambucano
Da minha Floresta querida
Que é parte da minha vida
Que sempre tem outro plano

Um dia sei que eu volto
Pro Riacho do Navio
Ando lá num sinto frio
Como dizia Gonzaga
O nosso rei do baião
Cantando nosso sertão
As belezas da florada

A riqueza do nordeste
Está naquele azulão
Que canta neste sertão
Neste Brasil de caboclo
Numa sala de reboco
De mãe Preta e pai João

Do meu nordeste não saio
Que é aqui meu lugar
As cordas dessa viola
De saudade faz chorar
O sino lá da capela
Da praça, do Rosarinho
Não esqueça de rezar

Tomara só que Deus ouça
O penar tão sertanejo
Dessas palavras ensejo
Que roem no coração
Da nordestina que um dia
Saindo desse sertão
Foi parar na Paraíba
A outra terra querida
Pedaço do meu torrão.

E aqui eu vou findando
Mais uns versos a trovar
Palavras se perdem ao vento
Mas nas linhas, ficam lá
Escreverei meu nordeste
Meu toco pernambucano
De Floresta do Navio
Monteiro, na Paraíba
São minhas terras queridas
Que guardo no meu pensar.

(DSNMayer, 17/03/2011)

8º ANO - DISCURSO DIRETO E DISCURSO INDIRETO

Discurso é a atividade comunicativa capaz de gerar sentido desenvolvida entre interlocutores.
Observe este trecho:

“Um homem para o carro, retira a chave da ignição e pede a sua esposa que, ficasse dentro do carro com as crianças.”

No trecho lido, a voz da personagem não aparece integralmente. O narrador é quem conta o diálogo. Na forma direta o discurso ficaria:

“Um homem para o carro, retira a chave da ignição e diz para sua esposa:
- Fique dentro do carro com as crianças.”

No discurso direto, a fala das personagens é reproduzida integralmente no discurso narrativo, conservando os tempos verbais, os pronomes etc. Sempre é introduzido por travessão ou aspas.
 No discurso indireto, a fala das personagens é reproduzida pelo narrador, o que provoca nela alterações quanto a pessoa, tempos verbais e pronomes e o emprego das conjunções QUE e SE.


DISCURSO DIRETO
                                  
O menino afirmou:                                       
- Fiz a prova de português.

O homem afirmou:
- Minha esposa esteve na escola.

O vendedor informou:
- Eu garanto a marca deste produto.

Não quero aquela funcionária aqui na minha empresa – disse a patroa.

Faça-me um favor: compre os ingressos – pediu-lhe o amigo.


DISCURSO INDIRETO

O menino afirmou que tinha feito a prova de português.

O homem afirmou que sua esposa estivera (tinha estado) na escola.

O vendedor informou que garantia a marca daquele produto.

A patroa disse-lhe que não queria aquela funcionária em sua casa.

O amigo pediu-lhe que ele lhe fizesse um favor. Comprasse os ingressos.

quarta-feira, 16 de março de 2011

QUESTÃO DE VÍRGULA

      A professora ensina como deve ser usada a vírgula e faz um ditado para os alunos colocarem as vírgulas. Eis  a redação de Chico:
      O homem saiu de casa na cabeça, trazia um chapéu amarelo nos pés, sapatos de lona escura nos olhos, óculos contra o sol na lapela, um bonito cravo vermelho.


(Donald Buchweitz, Piadas para você morrer de rir)

sábado, 12 de março de 2011

6º ano - ATIVIDADES- FÁBULA "O LOBO E O CORDEIRO" (TRABALHANDO COM O TEXTO)

As fábulas são pequenas histórias que geralmente têm animais como personagens que falam e se comportam como seres humanos, e quase sempre terminam com uma moral, isto é, um ensinamento.

O LOBO E O CORDEIRO


Um cordeiro a sede matava nas águas limpas de um regato. Eis que se avista um lobo que por lá passava em forçado jejum, aventureiro inato, e lhe diz irritado:
- "Que ousadia a tua, de turvar, em pleno dia, a água que bebo! Hei de castigar-te!" 
             - "Majestade, permiti-me um aparte" - diz o cordeiro.
- "Vede que estou matando a sede água a jusante, bem uns vinte passos adiante  de onde vos encontrais. Assim, por conseguinte, para mim seria impossível cometer tão grosseiro acinte." 
            - "Mas turvas, e ainda mais horrível foi que falaste mal de mim no ano passado. 
            - "Mas como poderia" - pergunta assustado o cordeiro -, "se eu não era nascido?" 
            - "Ah, não? Então deve ter sido teu irmão."
- "Peço-vos perdão mais uma vez, mas deve ser engano, pois eu não tenho mano." 
            - "Então, algum parente: teus tios, teus pais... Cordeiros, cães, pastores, vós não me poupais; por isso, hei de vingar-me" - e o leva até o recesso da mata, onde o esquarteja e come sem processo.

razão do mais forte é a que vence no final (nem sempre o Bem derrota o Mal). 

La Fontaine

1. Responda às questões de acordo com o texto.

a)      Quem são as personagens?

b)      O que o texto fala sobre elas?

c)      O que o lobo diz ao cordeiro quando o vê bebendo a água?

d)     O que o cordeiro respondeu ao lobo diante o que ele falou?

e)      Que fez o lobo com o cordeiro?

2. Releia o primeiro parágrafo do texto e localize as palavras que permitem caracterizar o LOBO e a ÁGUA.

3. Essa caracterização é importante para a história?


4. A forma como o lobo se dirige ao cordeiro é a mesma a ele? O que demonstra essa forma de tratamento?


5. A linguagem utilizada no texto é formal ou informal? Retire um fragmento que comprove sua resposta.


6. Pesquise o significado das palavras a seguir usando o dicionário.
a) regato                                                         g) acinte
b) jejum                                                          h) recesso
c) aventureiro                                                 i) esquarteja
d) inato
e) aparte
f) jusante

7. Reescreva as frases a seguir com outras palavras.
a) “Um cordeiro matava a sede nas águas limpas de um regato”.

b) “Seria impossível cometer tão grosseiro acinte”.

8. Uma fábula é narrada em 3ª pessoa, isto é, o narrador não participa da história, sendo portanto, um narrador-observador. Observe as falas  a seguir e informe de quem é cada uma delas.
a) Um cordeiro a sede matava nas águas limpas de um regato. 

b) - "Mas turvas, e ainda mais horrível foi que falaste mal de mim no ano passado”. 

c) - "Peço-vos perdão mais uma vez, mas deve ser engano, pois eu não tenho mano." 

d) - "Mas como poderia" - pergunta assustado o cordeiro -, "se eu não era nascido?" 

9. Que elemento o narrador usa para mostrar o diálogo entre as personagens?

sexta-feira, 11 de março de 2011

6º ano - VARIAÇÃO LINGUÍSTICA


A língua é uma forma de linguagem, de comunicação que utiliza palavras.
Pela extensão e diversificação do nosso país, com estados ricos e pobres, grandes e pequenos, com pessoas vivendo em localidades de diferentes situações sociais, é natural que a nossa língua sofra variações, a que chamamos de variações linguísticas. Essas variações também podem ser decorrentes de outras causas como a idade ou profissão.
           A língua oficial do nosso país é o português, mas não a empregamos exatamente da mesma maneira que outros povos que também falam português – como Portugal, Angola e Moçambique.

Variedades linguísticas são as variações que uma língua apresenta em razão das condições sociais, culturais e regionais nas quais é utilizada.

Veja o texto abaixo e observe a diferença entre o falar do Brasil e o de Portugal.

A diferença tratada com humor

(A respeito da publicação de Schifaizfavoire – dicionário de Português, de Mário Prata)

(...) Os leitores daqui encontrarão nos verbetes desse irreverente dicionário explicações para os eventuais atritos entre um país que ficou rico e outro que só empobreceu. E terão, enfim, algum motivo para se divertir com isso. A seguir, veja alguns exemplos práticos:

  • Autoclismo – Imagine que você está num banheiro de restaurante, e o cartaz lhe diz, à entrada: por favor, não esqueça de carregar no autoclismo da retrete. Pode ser traumatizante. O que ele quer dizer é para você dar a descarga.

  • Ascensor – Claro que é o nosso elevador! Os prédios em Portugal geralmente são baixos e não havia muitos elevadores no país. Agora estão fazendo grandes prédios, grandes shoppings, todos com modernos elevadores.

  • Miúdos – São os garotos pequenos, antes da adolescência. Depois que crescem um pouco mais, são chamados de putos. Até hoje ninguém conseguiu me explicar o momento exato em que um miúdo vira puto. Ou seja, todo miúdo é puto, mas nem todo puto é miúdo. Ficou claro?

  • Monstros – A Câmara Municipal de Cascais mandou um comunicado a todos os seus perplexo moradores: “é proibido, sem previamente o solicitar os serviços e obter vonfirmação de que se realiza a sua remoção, colocar monstros ou resíduos de cortes de jardins em qualquer local do município”. Monstros nada mais é do que entulhos.
Antigamente havia expressões populares muito usadas, e que hoje caiu em desuso. Leia a crônica a seguir escrita por Carlos Drummond de Andrade.
  
Antigamente (II)

ANTIGAMENTE, os pirralhos dobravam a língua diante dos pais, e se um se esquecia de arear os dentes antes de cair nos braços de Morfeu, era capaz de entrar no couro. Não devia também se esquecer de lavar os pés, sem tugir nem mugir. Nada de bater na cacunda do padrinho, nem de debicar os mais velhos, pois levava tunda. Ainda cedinho, aguava as plantas, ia ao corte e logo voltava aos penates. Não ficava mangando na rua nem escapulia do mestre, mesmo que não entendesse patavina da instrução moral e cívica. O verdadeiro smart calçava botina de botões para comparecer todo liró ao copo-d’água, se bem que no convescote apenas lambiscasse, para evitar flatos. Os bilontras é que eram um precipício, jogando com pau de dois bicos, pelo que carecia muita cautela e caldo de galinha. O melhor era pôr as barbas de molho diante de treteiro de topete: depois de fintar e engambelar os coiós, e antes que se pusesse tudo em pratos limpos, ele abria o arco. O diacho eram os filhos da Candinha: quem somava a candongas acabava na rua da amargura, lá encontrando, encafifada, muita gente na embira, que não tinha nem para matar o bicho; por exemplo, o mão de defunto. 
Bom era ter as costas quentes, dar as cartas com a faca e o queijo na mão; melhor ainda, ter uma caixinha de pós de perlimpimpim, pois isso evitava de levar a lata, ficar na pindaíba ou espichar a canela antes que Deus fosse servido. Qualquer um acabava enjerizado se lhe chegavam a urtiga no nariz, ou se o faziam de gato-sapato. Mas que regalo, receber de graça, no dia-de-reis, um capado! Ganhar vidro de cheiro marca barbante, isso não: a mocinha dava o cavaco. Às vezes, sem tir-te nem guar-te, aparecia o doutor pomada, todo cheio de nove horas. (...)
 Em compensação, viver não era sangria desatada, e até o Chico vir de baixo vosmecê podia provar uma abrideira que era o suco, ficando na chuva mesmo com bom tempo. Não sendo pexote, e soltando arame, que vida supimpa a do degas! Macacos me mordam se estou pregando peta. E os tipos que havia: o pau-para-toda-obra, o vira-casaca (este cuspia no prato em que comera), o testa-de-ferro, o sabe-com-quem-está falando, o sangue-de-barata, o Dr. Fiado que morreu ontem, o zé-povinho, o biltre, o peralvilho, o salta-pocinhas, o alferes, a polaca, o passador de nota falsa, o mequetrefe, o safardana, o maria-vai-com-as-outras... Depois de mil peripécias, assim ou assado, todo mundo acabava mesmo batendo com o rabo na cerca, ou, simplesmente, a bota, sem saber como descalçá-la. 
      Mas até aí morreu Neves, e não foi no Dia de São Nunca de Tarde: foi vítima de pertinaz enfermidade que zombou de todos os recursos da ciência, e acreditam que a família nem sequer botou fumo no chapéu? 
Língua padrão, norma culta ou variedade padrão é a variedade linguística de maior prestígio social.

CANÇÃO DO EXÍLIO

Gonçalves Dias

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

(...)
Língua não padrão é o conjunto de todas as variedades linguísticas diferentes da língua padrão.

ASA BRANCA

Luiz Gonzaga

Quando oiei a terra ardendo
Qual a fogueira de São João
Eu preguntei a Deus do céu,ai
Por que tamanha judiação

Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de prantação
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão

Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
"Intonce" eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração

Hoje longe muitas légua
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão

Quando o verde dos teus óio
Se espanhar na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu vortarei, viu
Meu coração

Todas as variedades da língua têm seu valor e recursos suficientes para desempenhar sua função de comunicação entre as pessoas. No entanto, algumas são menos valorizadas que as outras.
A partir do momento em que se elege uma forma de se expressar como padrão, as pessoas mais desinformadas e preconceituosas começam a considerar as demais variedades como “erradas”, e não apenas diferentes.

quinta-feira, 10 de março de 2011

VERIFICAÇÃO DA APRENDIZAGEM - TIPOS DE SUJEITO E PREDICADO


1.       Leia o texto a seguir:

O LENHADOR E A RAPOSA 
        Um lenhador acordava todos os dias às 6 horas da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha, só parando tarde da noite. Ele tinha um filho lindo de poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada como bichano de estimação e de sua total confiança. Todos os dias, o lenhador — que era viúvo — ia trabalhar e deixava a raposa cuidando do bebê. Ao anoitecer, a raposa ficava feliz com a sua chegada.
     Sistematicamente, os vizinhos do lenhador alertavam que a raposa era um animal selvagem, e, portanto, não era confiável. Quando sentisse fome comeria a criança. O lenhador dizia que isso era uma grande bobagem, pois a raposa era sua amiga e jamais faria isso. Os vizinhos insistiam: Lenhador, abra os olhos! A raposa vai comer seu filho. Quando ela sentir fome vai devorar seu filho!
      Um dia, o lenhador, exausto do trabalho e cansado desses comentários, chegou à casa e viu a raposa sorrindo como sempre, com a boca totalmente ensanguentada. O lenhador suou frio e, sem pensar duas vezes, deu uma machadada na cabeça da raposa. A raposinha morreu instantaneamente. 
     Desesperado, entrou correndo no quarto. Encontrou seu filho no berço, dormindo tranquilamente, e, ao lado do berço, uma enorme cobra morta.

a) Assinale a alternativa correta:
(    ) O texto é uma narrativa em que o narrador participa da história.
(    ) O melhor amigo do lenhador era o vizinho que tomava conta do seu filho.
(    ) Os vizinhos tinham confiança na raposa.
(    ) A inveja dos vizinhos fizeram com que o lenhador atentasse contra a raposa.

b) Como a raposa se sentia ao ver o lenhador chegando em casa?
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c) O que os vizinhos diziam sempre ao lenhador? Responda com elementos do texto.
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d)       Nessa narrativa, os fatos são reais ou fictícios?
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e)       Qual é o enredo na narrativa em estudo?
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2.       Retire de “O lenhador viu a raposa com a boca ensanguentada” o sujeito da forma verbal VIU:
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3.       Qual é o tipo de predicado da oração acima?
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4.       Destaque o predicativo do sujeito na oração da questão 2.

5.       Classifique o predicado das orações a seguir:
a)       Um lenhador acordava todos os dias às 6 horas da manhã.
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b)       A raposa ficava feliz com a chegada do lenhador.
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c)       A raposa era um animal selvagem.
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d)       O lenhador chegou exausto do trabalho.
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6.       Separe o sujeito do predicado e classifique-os.
a)       Dois filas correm ferozmente em minha direção.
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b)       Xisto e Bruzo encontraram uma hospedaria à margem do caminho.
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c)       Mirtofredo era orgulhoso e insolente.
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d)       Os guerreiros saíram apavorados em direção aos gigantes.
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7.       Você agora é co-autor. Seja criativo e dê um final para a narrativa apresentada.  Muita atenção na ortografia, pontuação, caligrafia e não esqueça de ser coerente com o texto.

OS DOIS PASSARINHOS

Eu tenho dois passarinhos. Um deles vive na gaiola. Quando eu vou tratá-lo, tenho de tomar o máximo cuidado porque ele se bate muito e eu tenho certeza de que ele, se escapar, voará e nunca mais o verei.
              O segundo dorme no espaldar da minha cama. No início do amanhecer, ele acorda e começa a cantar. Eu abro a janela e ele sai voando e fica pelas árvores do jardim, brincando e cantando. Nunca vai para longe. Quando eu me levanto, ponho na janela comida, água e uma banheirinha.
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6ºANO - ATIVIDADES - VERBO

ATIVIDADES 1.        Leia. A Raposa e o Tambor Conta-se que uma raposa esfomeada chegou a um bosque onde, ao lado de uma árvore, havia um...